Em coletiva de imprensa nesta
quinta-feira, 04 (fevereiro), a diretoria da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil, divulgou uma nota onde convoca a Igreja no país a se empenhar no
combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor dos vírus Zika, Chikungunya e
Dengue.
Citando a declaração da
Organização Mundial da Saúde sobre a gravidade da situação, a nota diz que o
alerta não deve levar ao pânico, como se a situação fosse “invencível”, apesar
de sua “extrema gravidade”.
Um destaque especial foi dado à
questão do aborto que voltou às discussões quando alguns grupos reclamaram ao
Supremo Tribunal Federal o “direito” de abortar em casos de microcefalia. Para
a CNBB, isso não justifica defender o aborto, mas trata-se de um “total
desrespeito à vida”.
Antes, a instituição sugeriu que
seja garantida, “com urgência”, a assistência aos atingidos pelas enfermidades,
sobretudo às crianças que nascem com microcefalia e suas famílias. “A saúde,
dom e direito de todos, deve ser assegurada, em primeiro lugar, pelos gestores
públicos. A eles cabe implementar políticas que apontem para um sistema de
saúde pública com qualidade e universal”.
A CNBB também pediu o
comprometimento dos cidadãos. Sugeriu que as comunidades paróquias se
sensibilizem e se mobilizem para combater o mosquito transmissor, alertando os
fiéis durante as Missas, encontros de pastorais e em outras ocasiões oportunas.
“Exortamos as lideranças de
nossas comunidades eclesiais a organizarem ações e a se somarem às iniciativas
que visem colocar fim a esta situação. As ações de competência do poder público
sejam exigidas e acompanhadas”, diz a nota.
O presidente da CNBB, Dom Sérgio
da Rocha, disse que este será também um dos assuntos da conversa com a
presidente Dilma Rousseff, numa reunião vindoura. O bispo disse que insistirá
na necessidade de dar assistência às pessoas que foram infectadas pelo Zika. A
nota citada também será entregue ao Governo Federal.
Kleber Mendes
Fonte de pesquisa: noticias
católicas