
Levando-se em conta as velocidades de conexões contratadas hoje pelos brasileiros, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) já deve nascer velho. Após o puxão de orelha da presidente Dilma Rousseff em abril, o Ministério das Comunicações deixou de negociar com as operadoras 600 quilobits por segundos (kbps) a R$ 35 e passou para um megabit por segundo, pelo mesmo preço.
Dados da pesquisa anual do Comitê Gestor da Internet (CGI.br), a TIC Domicílios, publicada ontem, apontam que o brasileiro está deixando de contratar velocidades inferiores a 1 Mbps, prevista pelo plano.
Em 2008, velocidades de conexão de até 1 Mbps representavam 66% dos domicílios. Em 2010, a menor velocidade teve sua participação reduzida para 40% (uma queda de 27%). O acessos com mais de 2 Mbps tiveram alta de 114%, pegando 15% do total.
Atraso
“Nós estamos começando atrasados”, diz Hartmut Glaser, secretário executivo do CGI.br. “A demanda era grande, por isso o Brasil optou por uma implementação mais modesta, mas mais abrangente”.
Piso para oferta
Para Glaser, o Plano dará o “arroz e feijão” primeiro e a Telebrás funcionará como um piso para a oferta do serviço.
“São 90 milhões de usuários ´sem a Telebrás´, a principal preocupação é incluir os excluídos. Classes A e B acham soluções no mercado.
Classes C, D e E, com 1 ou 2 megabits já vão poder fazer muita coisa”, acredita. Franklin Coelho, ex-coordenador do Piraí Digital, projeto que ligou todos os departamentos públicos da cidade do interior fluminense à internet, diz que os debates em torno de velocidades dessa medida é ficar “discutindo a nossa miséria”. “Não há dificuldade tecnológica. Enquanto a gente finge que tem banda larga, perde-se tempo na internet. Não se sobrevive assim numa perspectiva de inserção de sociedade de conhecimento.”
Problemas
No estudo da CGI.br, “acessar sites que demoram muito aparecer” foi a principal dificuldade (37%) apontada pelos quase 25 mil entrevistados quando perguntados sobre sua usabilidade da internet. O dado pode ser interpretado como um problema gerado por conexões pouco potentes. “É como tentar ver um vídeo no YouTube com uma internet de 256 Kbps, vai ficar travando”, comenta o organizador do estudo, Alexandre Barbosa. O consultor Eduardo Tude, da Teleco, entende esse passo como necessário: “Outros países, num primeiro momento levaram 1 Mbps para todos, e agora estão levando internet de 100 Mbps e daí vão avançando”.
Fonte: Diário do Nordeste


A CNBB divulgou, neste sábado, 25, a lista com os nomes dos bispos eleitos para compor as 12 Comissões Episcopais Pastorais da CNBB. Ao contrário dos presidentes de cada Comissão, que são eleitos pela Assembleia Geral, os membros das Comissões são escolhidos, por eleição, pelo Conselho Permanente.















